quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Eis Bocage...

Hoje, na biblioteca nacional depois de uma frenética corrida ao frio, enquanto me aquecia e esperava, pela impossibilidade de poder lá entrar, comecei a ver daqueles folhetos que costuma haver acerca de eventos culturais da mais variada espécie...
À medida que a minha frustração e tristeza se foram acumulando, decidi pegar num que dizia Eis Bocage, e que, para minha alegria, tinha lá dentro a pérola que pretendo agora partilhar aqui.

Amar dentro do peito de uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia noite na janela:

Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:

Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo
Apalpar-lhe de neve os dois pimpolhos:

Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo.

Bocage

E assim aqueci meu coração frio pelo clima e pelas circunstâncias, e nasceu em mim a consciência de que houve alguém na história bastante parecido comigo...bendito sejas Bocage do Nicola.

sábado, fevereiro 11, 2006

Preciso.

Preciso...
...de me sentir livre, coisa que não consigo, nunca consegui...nem somente uma leve brisa.
Nunca senti a liberdade como a descrevem. Apenas sonhei.
Nunca me senti feliz por mais de meia hora seguida. Apenas tranquilo.

A tranquilidade deve ser um passo para felicidade então. A necessidade da paz que nunca temos como certa, mas que certamente nos aparece, mais tarde ou mais cedo.

Sinto-me sufocado. Quero sair daqui, ir para o meio da serra...sei lá. Quero estar sozinho, tranquilo.

Quero estar tranquilo...
...a tranquilidade deve ser um passo para a felicidade.

Quero aprender os artifícios do viver.

Quero tanta coisa que não posso ter...

E nesta envolvência fatal sinto-me destinado a ser amarrado,
Movido, Torcido, Testado.
A indiferença por mim, por tudo o que me faz ser
Torna-se apenas numa maneira mais lenta de rapidamente morrer.

thought it was good,
thought it was real
thought it was...something i never thought i would feel.
but it wasnt
surely it was a glint of self awareness
that place you end up after being with yourself for a while
...quite a while.

...for quite a while i thought i was there.
...i´ve seen it now.